São vários os desafios de escolher uma boa casa. Teremos de olhar para os planos para o futuro, o estilo de vida que temos no nosso dia a dia, quantas pessoas vão morar no mesmo espaço, o orçamento disponível etc.
Por isso, decidi, falar de alguns destes fatores e como eles podem influenciar o tamanho da casa. Acompanhe-me!
Avalie os seus planos e estilo de vida
Antes de tomar qualquer decisão, é relevante pensar sobre quais são os seus planos para daqui a alguns anos. Estar organizado em relação ao tempo e ao que pretende fazer, contribui muito para aumentar a probabilidade de escolher uma casa com o tamanho ideal.
Os seus hábitos e opções, são também importantes de avaliar na escolha da casa, uma vez que que vão orientar o seu dia a dia. Há pessoas que gostam de viver longe das grandes cidades, as casas podem ser maiores e existe outra tranquilidade. Há outras que dão muita importância a viver no centro das grandes cidades e ter tudo à distancia de uma caminhada e não se importam de viver em casas com divisões mais pequenas.
O estilo de vida é um fator preponderante. Imagine que gosta de receber amigos e família para jantares, obviamente que a casa precisa de ser maior. Se, por exemplo, gosta de ter perto de si várias plantas, talvez uma casa com varanda, terraço ou quintal seja mais adequada do que um apartamento pequeno. Tudo precisa de ser considerado.
Considere o tamanho da família
O tamanho da casa dos seus sonhos depende muito do número de elementos que a sua família tem. Na verdade, quanto maior for a família, naturalmente precisará de mais espaço, eventualmente mais quartos. Esta é, sem dúvida, a primeira questão que deve ser pensada relacionada com o tamanho da casa.
Se a intenção é morar sozinho, talvez um apartamento pequeno possa ser suficiente. Mas se quiser receber um familiar ou amigo de vez em quando, um quarto a mais pode fazer diferença.
Há casais jovens que não querem ter filhos. Para estes casais uma casa com um quarto poderá ser suficiente para corresponder ás suas expectativas. Em contrapartida, temos do outro lado, aqueles casais que querem muito ter filhos um, dois, três, quatro, e também as famílias já com crianças. Nestes dois casos poderá valer a pena considerar como hipótese de uma casa maior ou um apartamento em condomínio com zonas comuns interessantes de jardim, ou ficar perto de jardins, de forma a que as crianças tenham mais espaço para brincar.
Avalie a idade de quem vai morar na casa
A questão da idade de quem vai morar na casa é igualmente importante para a decisão do tamanho da casa. Cada faixa etária tem as suas próprias necessidades, os seus objetivos e perspetivas em relação à vida.
Se por acaso tem dois ou mais filhos e existe uma diferença de idades considerável entre eles, por exemplo, um adolescente e um bebé, pode ser complicado dormirem os dois no mesmo quarto.
Se na família tiver pessoas idosas, os cuidados serão redobrados. Nessas situações, é interessante pelo menos ter mais uma casa de banho, uma vez que é absolutamente normal que os mais velhos tenham necessidade de a usar mais do que o habitual.
Pense nos animais de estimação
Ter animais de estimação é maravilhoso. No entanto é preciso que pense que tipo de animal gostaria de ter. O tamanho do animal de estimação pode influenciar o tipo de casa.
Se prefere animais como tartarugas, passarinhos, iguanas, coelhos ou qualquer outro que, aparentemente, não ocupe tanto espaço, optar por uma casa mais pequena poderá ser suficiente. Porém, se prefere o tradicional gato ou cão, é melhor ficar preparado para escolher um espaço um pouco maior. Afinal o cão e o gato são como as crianças e precisão de espaço para brincar.
No caso dos cães, é preciso ter noção do quanto cresce a raça, e eventualmente equacionar ter um quintal.
Preste atenção aos preços
Pode parecer óbvio, mas estar preparado em relação ás questões financeiras, nomeadamente saber que crédito habitação os bancos lhe concede, torna mais fácil escolher o tamanho da casa.
A parte financeira pesa muito na decisão de qualquer pessoa, pois, por mais que a casa dos seus sonhos ofereça conforto, seja prática, se o preço for alto demais para si e não tiver condições para pagar, não adianta nada morar com luxo e passar fome.
De uma forma generalista, quanto mais divisões a casa tiver, mais lugares de garagem, e outros benefícios adicionais, mais cara será. Uma coisa é certa e sabida: morar no centro das cidades é sempre mais caro. Com o preço de um apartamento T2 em Lisboa eu compro nos arredores uma moradia T2.
Saiba exatamente qual o valor máximo que pode pagar e em quanto tempo o consegue fazer isso. Assim facilita a sua análise.
Tenha espaço para trabalhar em casa
Devido ao aumento de pessoas a ficar em teletrabalho, algumas mesmo permanentemente, é importante considerar um espaço em casa para trabalhar. Se for empresário também é válido. Ter um espaço disponível em casa para trabalhar, sem improvisos, contribui para o bem-estar de toda a família e torna mais fácil a organização do dia a dia.
Dependendo do que faz como empreendedor pode precisar de uma determinada divisão maior ou mesmo dedicada ao negócio. Se fabrica móveis ou faz reciclagens, precisará de uma oficina, talvez uma divisão de arrecadação ou garagem ajude. Mas se faz bolos de aniversário e outros doces para venda pode ser importante avaliar a cozinha.
Qualquer outro trabalho mais de secretária, se tiver uma assoalhada para ser escritório melhor. Se conseguir que tenha bastante luz natural pode conseguir poupar energia na iluminação.
Decidir a casa que vamos procurar e que servirá para vivermos nos próximos anos pode ser desafiante. A minha sugestão é que pondere cada ponto, converse com os seus familiares e reflita a respeito do que será melhor a curto, médio ou longo prazo.
Andreia Pinto, Adoro Casas
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